quinta-feira, 26 de abril de 2012

Politicagem

Em Brasília o clima muda constantemente. Nada é muito definido por aqui. Nada mesmo.
O Governador está com a cabeça a prêmio (nenhuma novidade nisso. Aqui já é normal). Os políticos votam sobre as cotas para negros, outra parte da politicagem perde o sono com o caso Cachoeira. Vivo em meio a todo este caos.
Eu particularmente não dou a mínima para nenhum destes acontecimentos. Sim, um monte de gente me critica. Claro. Mas não vejo nenhum futuro em me preocupar com nada disso. As coisas não vão mudar assim. Não vai aparecer um super homem da política e salvar o Brasil. Não vai haver nenhuma votação honesta, nenhum governo que coloque o povo em primeiro plano. Isso é utopia. E muita gente perde a sanidade, e até mesmo a vida, lutando para provar o contrário. Aí sempre me vem alguém e tenta colocar na minha cabeça de que estou completamente errado, que sou um acomodado, que não sou patriota, que não apóio a mudança... Entre outras. Mas uma coisa eu digo. Vivência é algo muitíssimo importante. Vivenciar, observar. E durante estes anos da minha vida. Tive o prazer e o desprazer de passar por várias mudanças políticas. Nasci em 72 ( o que para muitos não quer dizer nada). Vivi os primeiros anos na minha vida no militarismo. Depois vi as diretas já. Tancredo entra e nem assume. Vivi a transição do militarismo para a falsa república em que vivemos até hoje. Vivi Sarney como presidente, Collor, Itamar, FHC. Vivi a terrível inflação. O URV, ao cruzeiro e o cruzado... Entre muitas outras coisinhas politiqueiras que me fizeram pensar como penso hoje. Não acredito em mudanças. E pronto. Veja o Lula (lá vão surgir defensores cegos e furiosos). Desde minha adolescência que vejo o Lula lutando por um lugar ao sol. Lutou, lutou, aliou-se até mesmo com o Brizola. Fez o que fez até chegar lá. O grande sonho dele. Ser presidente. Pensei comigo, este cara lutou muito para isso, é nordestino, sofreu, é aliado com caras tipo Fidel (rebeldia e luta contra os EUA). Achei que a coisa poderia mudar. Pois bem, entrou, prometeu acabar com a fome do nordeste (de onde ele veio), prometeu melhor educação, segurança, saúde e principalmente, combater a corrupção. Pois é, vamos lembrar: Fome zero, uma farsa. Educação, nem comento. Ele já mandou de cara a frase: "Sou um vitorioso, meu primeiro diploma é de presidente".
Grande incentivo, hem? Segurança...meu Deus. Né? Corrupção? Todos aqueles que ele convidou para formar sua equipe foram derrubados por envolvimento com a corrupção. E saúde? Foi tão bem cuidada por ele que quando saiu foi se cuidar com médicos particulares, bem longe da saúde pública. Sistema de saúde que ele acabara de deixar.
Não estou aqui queimando o Lula. Não é isso. Só usei como exemplo próximo. Poderia usar FHC, Collor, ou qualquer outro político. O que quero dizer é que acabam sendo todos iguais. Que não importa se são de direita ou de esquerda, ou do meio, ou sei lá de onde. Acaba tudo sempre dando na mesma. O Brasil só vai mudar a longuíssimo prazo. Coisa para séculos. E sendo assim, não fico me preocupando. Me envolvendo com ações políticas. Politicagens! Não tenho tempo. Prefiro viver um pouco melhor longe disso tudo.
Outra coisa que me incomoda muito é obrigatoriedades. A mais grave é a obrigatoriedade de votar. Como assim? É democracia, república, militarismo ou ditadura? O que estamos vivendo afinal? Eu sou obrigado a votar! Pense nisso.

Bom, cada um com sua maneira de pensar. Eu poderia escrever aqui durante horas sobre minhas convicções. Travaria uma guerra com quem quer que fosse, mas vou ficando por aqui. Com certeza voltarei a escrever sobre isso.
Aos que pensam diferente de mim, não me odeiem. Pensar diferente é a grande solução para nosso país.