sexta-feira, 25 de maio de 2012

All in Love is Fair


Ontem a noite estava navegando pela internet na casa da minha namorada. E sem ter muito o que fazer, comecei a navegar pelos vídeos do youtube. Minha gata me presenteou com um drink muito gostoso que tinha acabado de aprender a fazer. Fui bebendo e navegando. E como já era de se esperar, a nostalgia sempre me domina nestas horas. Comecei a procurar vídeos de músicas antigas, que de certa forma fizeram parte da minha vida. Encontrei vários. E a cada achado, uma viagem no tempo. Declaradamente, a nostalgia é meu ópio. Sei que não é nada saudável (segundo os cinco anos de análise que fiz). Mas, isso me faz bem. Fico introspectivo e ao mesmo tempo, criativo. Me faz rever pensamentos, avaliar caminhos, e com isso, passo a me auto=-analizar com mais precisão.
Um destes vídeos em especial foi o do Stevie Wonder, chamado " All in Love is Fair". Eu tinha este vídeo gravado em VHS, em uma das minhas várias fitas de clipes. Para mim, este era um vídeo já perdido. Daqueles que o tempo leva e não se acha mais. Só que para minha alegria, ele reapareceu na minha frente. Perdi a conta de quantas vezes eu o assisti ontem. Ia bebendo e revendo. Uma "ego trip" das mais profundas. Para mim, esta música e principalmente esta interpretação, agregam um conjunto de qualidades indiscutíveis de pura arte e lirismo. Justamente o lirismo que tanto falta nas composições de hoje.

Pois bem, compartilho aqui meu achado. Viagem comigo nesta. Pois eu, não me canso.


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Ressaca.

Nunca misturem qualquer bebida com o vinho. Fiz isso ontem e quase não acordei hoje.
Minhas segundas, que geralmente já são terríveis por si só, hoje teve este quesito a mais. Acordei péssimo. Uma ressaca que a muito não sentia.
Mas já que errei, pago o preço. Até porque esta ressaca nem é a primeira, nem será a última.
Ótima semana.

sábado, 19 de maio de 2012

Lição de Hoje

“Não confunda amor com luxúria, nem embriaguêz com julgamento“

RUM: Diário de um Jornalista Bêbado“ - filme.


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Os Bons

Somos pessoas boas, penso eu. O problema é sempre o nosso Ego. Digo nosso porque me incluo totalmente em meu julgamento. É sempre a mesma coisa, nós somos nosso pior inimigo em todas as situações. Digo estas coisas depois de dar uma pequena navegada por redes sociais que tenho meu perfil. Pensem comigo, se o mundo fosse realmente como mostram estes perfis: Ótimos filhos, ótimos músicos, amantes dos animais, caridosos, leais, saudáveis etc. Não teríamos necessidade de imaginar um céu pós morte. Digo que somos pessoas boas porque na verdade, este tipo de tentativa de mostrar algo de bom em nós mesmos já é uma prova de que queremos ser bons. Queremos e idealizamos isso. E o melhor, temos a fórmula. O problema é que ainda renegamos o nosso outro lado. O Eu sombrio onde ficam depositados todos os nossos traumas, nossos pensamentos socialmente incorretos, nossas vontades secretas, nossos ódios, nossos "foda-se's" não falados, os gritos de "não" que recebemos durante toda a vida, entre outras coisas. Todos temos este lado escuro e incubado. Mas demorará um bom tempo para a descoberta de que só equilibrando estes dois lados é que seremos plenos. Aceitação, é a palavra. Aceitarmos o que somos. Ora, qual o problema se você sente ódio, se às vezes que sair do trabalho e ir encher a cara até cair? Se quer mandar alguém se foder com toda a raiva que te sufoca? O trabalho mesmo, é apenas domar o lado (depois de aceito e equilibrado). O ser humano tem duas regras divinas: Não matar e não se matar. O resto é julgamento pessoal. É sabedoria e experiência para decidir. É saber que tudo na vida tem um preço a ser pago. As regras sociais, os padrões de beleza, as morais, as leis mudam com o passar do tempo. Mudam constantemente. Então, para quê se moldar severamente a algo em constante mudança?

Então, somos pessoas boas sim. Até pelo fato de renegar nosso lado "ruim". Mas ser bom não significa mostrar isso para ser avaliado pela multidão. Isso é o Ego dominando. E o Ego é só o nosso lado adaptado ao social. É o nosso pior inimigo. É quem nos mata cruelmente.

Vejam a história da humanidade. Os grandes feitos foram dos loucos. Os que quebraram as regras. Os que deixaram de lado o que os outros poderiam pensar ou achar. Os considerados grandes e bons, foram os loucos e ruins de outros julgamentos.

Então é isso, sejamos realmente bons. Mas primeiro, bons a nós mesmos. Sejamos nós mesmos, imperfeitos, cheios de traumas, cheios de manias e loucuras. Sejamos felizes mesmo acordando com aquela ressaca moral que dura uma semana. A vergonha também faz parte. E geralmente enfraquece o nosso inimigo, Ego. E é na crise que crescemos. A crise força a mudança. E mudar é sempre bom. É renovação de pensamentos e conceitos. É querer o novo de novo.


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Alagado

Ontem cheguei em casa pela manhã e tive uma surpresa. Aliás, uma péssima surpresa. Minha sala estava alagada. Corri para o quarto e não estava diferente. Tudo molhado. Inclusive alguns papéis com desenhos que estava fazendo.

Moro em um apartamento de apenas dois ambientes. Um quarto e uma sala, bem pequenos. E geralmente coloco minhas roupas na máquina assim que chego, no fim do dia. E saio, deixando a máquina trabalhar. A saída da água eu direciono para uma tanque que fica ao lado da máquina. E isso causou todo o problema. Quando a água começou a ser mandada para o tanque, um saco plástico (sabe-se lá como) caiu lá dentro. Com a sucção a água fez seu serviço. O saco desceu e vedou o ralo do tanque. O tanque encheu e transbordou, causando todo o alagamento.

Fiz o que tinha que ser feito, puxei com o rodo e passei o pano em tudo. Fiquei puto da vida. Mas, aconteceu e eu tive que resolver.

No mesmo dia, coloquei todos os panos de chão no mesmo processo de lavar na máquina. Como já expliquei, a saída da água vai para o tanque. Liguei a máquina e saí para o trabalho. Quando voltei, meu "ap" estava alagado novamente. Corri no tanque e não tinha plástico nenhum. Os fiapos de linha desprendidos dos panos de chão entupiram o ralo do tanque. Lá fui eu fazer a mesma sequência de puxar a água com o rodo e passar um pano. Fiquei mais puto ainda.

Agora dei um jeito. O cano que sai a água da máquina, vai direto para a janela. Que se dane quem tiver lá embaixo.

Notícias

John Fante: Me diverti muito lendo só dois livros do John Fante que comprei. Realmente, um ótimo escritor. O tipo de literatura que no momento faz muito minha cabeça. Escrita solta, rápida, sincera. Sem muitas voltas, sem floreios. Adorei. Para quem gosta de literatura "underground", é altamente recomendável.


Outro livro indispensável é RUM: Diário de um Jornalista Bêbado de Hunter S. Thompson. Nem terminei ainda, mas já estou louco para ler outros livros dele.


Ônibus: Ando pesquisando auto-escolas para tirar minha habilitação de moto. Quando encontrar uma com um preço baixo, me matricularei. Os dias de "Onibuzeiro" estão contados.

Ontem até que foi uma viagem rápida. Mas, sinceramente, deveria proibir o uso de mochilas em ônibus. Eu já estava perdendo a paciência com um sujeito que a todo momento esbarrava em alguém com uma maldita e enorme mochila preta. Hoje já foi o contrário. muito tempo parado no trânsito.


Estômago: Consegui ficar mais um dia sem comer sanduba e beber cerveja. Meu estômago agradece. Estou bem melhor de uma maldita dor e mal estar que vinha me maltratando.


Produção: Estou com ótimas ideias para minha nova série de desenhos para tatuagem. Já dei início a uma nova forma de criar meus desenhos. E deu super certo. Agora é só me dedicar. Ou seja, uma guerra se aproxima!


terça-feira, 15 de maio de 2012

Altos e Baixos

Pois é, lá vem aquele ciclo de cair e levantar. Você está bem, depois não está. Depois se ergue para cair adiante. E assim vai. Já não me surpreende. Na verdade, o tempo me mostrou que tudo muda constantemente. Que não existe criação, só transformação. Tudo é resultado, meio e início ( como já disse o filósofo Raul).
Hoje tive mais um retorno de outro de meus pensamentos preferidos. O de que nos seus círculos sociais existe a auto-seleção natural. Isso acontece quando determinada pessoa simplesmente se afasta, te ignora, some.
Duas coisas: ou mudou de vida, ou não vê mais utilidade em você. Sim, utilidade. Você é bem quisto se serve para alguma coisa. Enquanto serve, é do círculo. Se não serve, descartado estás. Mas como disse antes, é uma auto-seleção. Nunca se preocupe nem se abale pelos vampiros. Conserve-se e aprenda a ser solitário. A solidão é nossa melhor amiga. É na solidão que a verdadeira arte nasce.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Semana Encerrada.

Cheguei aqui. Mais uma vez sobrevivi e com aquele sentimento de deveres cumpridos. Como não darei aula amanhã, já estou em um dos meus botecos preferidos (Embaixada do Piauí, 312 Sul). Qual o pedido? Cerva litrão e lingüiça apimentada. Enquanto minha pequena não chega.
Venta frio e sinto o ar muito seco. Isso para mim é metade bom. Pois adoro frio e sofro com a secura.
Gosto muito daqui. Fico em paz e cercado de membros da terceira idade. Sinto-me bem.
Então, a hora é de relaxar. Deixar os pensamentos fluírem. Esticar as pernas, pensar sem freios e beber a cerva que borbulha no copo ( sem pressa. A noite é um feto).


quinta-feira, 10 de maio de 2012

Quebrado

E aqui estou eu, com uma puta dor nas costas e o braço esquerdo machucado. E isso tudo devido ao treino de Karatê de ontem. Meu Sensei deu uma pequena sequência de defesa pessoal. A primeira, uma defesa de soco no plexo. A segunda, uma defesa para chute também no plexo. Nos dois casos, o agressor era arremessado no chão e finalizado. Em duplas, seguíamos a repetição da sequência até ficar memorizada (pela mente e pelo corpo). Não sei em qual destas quedas eu me machuquei, pois não senti na hora. Algumas horas depois, já em casa, fui me virar para pegar algum objeto numa mesa e uma quase insuportável dor me pegou. Senti meu lado direito, na altura do rim, doer como nunca tinha sentido. O músculo se retesou e senti como se tivessem me desferido uma forte paulada. Deitei na cama, esperei um pouco e logo em seguida passei pomada e usei um spray analgésico. Não adiantou muito. Tomei um relaxante muscular e esperei fazer efeito.
A dor deu uma retrocedida. Fui almoçar com minha sogra. Uma das coisas que mais gosto nesta vida, almoçar com minha sogra assistindo o programa local de bagaceiras. É só desgraça! Ficamos comendo e comentando cada notícia. Chingamos e rimos muito (principalmente quando aparece algum bandido com a camisa do Flamengo. O que sempre ocorre). 
Quando saí de lá para vir trabalhar, a dor já tinha melhorado. Achei que não a sentiria mais. Engano meu. Depois da jornada, voltei para casa, ônibus lotado. E o pior, peguei um de linha nova. Deu inúmeras voltas até chegar perto da minha casa. A dor voltou assim que me levantei. Doeu muito de novo. Fui andando bem devagar. Cheguei em casa e fiz outra aplicação de spray analgésico. Ainda tive que ir assistir uma aula de um curso que estou fazendo. Foi terrível. Aula chata, com dores nas costas. É muito sacrifício para qualquer um. Depois da aula, eu e minha namorada fomos comer no barzinho que costumamos ir. Lá eu resolvi quebrar meu jejum e tomei uma cerveja. Desceu maravilhosamente bem. Revigorante. Conversamos, nos abraçamos... e depois de alguns minutos maravilhosos fomos para casa. Acordei legal. Sem sentir muito. Mas agora estou eu aqui, no estúdio, escrevendo e sentindo mais uma vez a terrível dor. E para completar, meu braço esquerdo começou a doer também (também devido ao treino de ontem). O que mais me preocupa é que daqui a pouco terei que enfrentar um ônibus lotado para casa. Isto realmente está me cansando.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

APRENDA A CAIR

Um professor de judô uma vêz me disse: “ Se você não sabe cair, sempre terá dois inimigos. O adversário e o chão.“
Isso é um ensinamento para ser aplicado em tudo na vida.

O Difícil

Faço parte de um pequeno grupo de pessoas consideradas chatas e cheia de manias. Mas este mesmo grupo, muito seleto de pessoas, não pede para ninguém ficar ao nosso lado.  Estou dizendo isso porque um amigo, ontem, me perguntou como as coisas estão indo. Respondi o de sempre, que está tudo certo. Aí, ele continuou: - E no trabalho, tudo certo? – Claro, está tudo beleza. Respondi também com uma frase já padrão. Depois ele mandou esta: - Que bom. Sabe como é, né? Você é uma pessoa difícil. Isso ficou na minha cabeça o resto do dia. Pensei muito em minha "ego trip". Eu realmente sou mesmo. Sou por vários motivos. Um deles, é que eu tenho muito para fazer, e não tenho muito tempo para ficar vagando sem objetivos.  Vivo sempre do meu jeito. Acho que isso é o que causa esta dificuldade em me entenderem. Só trabalho no que quero, só ouço o que realmente gosto, leio o que acho que valha a pena, só converso com quem tenha algum conteúdo e, principalmente, odeio que se metam no meu caminho.  Adoro a solidão. Adoro ficar só, com minhas coisas, meus trabalhos e minhas manias. Amo o silêncio do meu quarto.

Depois desta auto análise toda, acabei ficando super feliz. Fiquei melhor. Pensei na quantidade de pessoas que lutam, gastam, se mutilam, se machucam para poderem se adequar a uma sociedade vazia e consumista.  Querem e precisam se adequar a grupos, serem aceitos, terem relacionamentos fúteis. Sei lá. Na hora fiquei meio abalado. Sim, o ego sempre é atingido primeiro. Mas logo me pus a pensar. Na verdade, foi um grande retorno que tive. Meus atos e jeito de ser estão me destacando do grande grupo. Meu Ego, quanto mais machucado, melhor. Meu Eu, quanto mais visível e verdadeiro, melhor.

E o mais interessante de tudo isso, é que mesmo sendo esta tal pessoa difícil, não deixam de me procurar. Algo em mim é objeto de desejo de muitos por aí. Talvez, justamente, este meu jeito de ser: difícil!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Segunda - Feira (se foi)


O dia passou. A temida segunda-feira praticamente se foi. Sobrevivi!
Estou cada vez mais decidido a comprar logo um veículo. Ando pensando muito em uma moto. Primeiro, devido ao valor. Segundo, quero evitar o maldito trânsito. Do centro de Brasília até onde eu moro, enfrento sempre uma grande lentidão. Coisa que a moto vai resolver. O que não aguento mais é o ônibus. Hoje foi uma das viagens mais lentas e cansativas. Vim em pé a viagem toda. Pessoas mal educadas que esbarram, empurram e tentam ocupar o maior espaço possível. Ou seja, ter um veículo, no meu caso, tornou-se uma necessidade.
Mas a segunda se foi. E eu estou aqui, na minha casa, no meu canto. Escrevendo e vendo as notícias de hoje. O clima realmente começa a ficar mais frio e seco. E isso não é uma boa para mim. Sempre sofro muito com a secura. Frio não, frio eu adoro. Já não curto muito o calor.
Tenho muito o que fazer nesta semana. Espero ter energia e disposição suficientes para não fraquejar.
Que venha a semana pesada.

Passado X Presente

Quase todo mundo que conheço prega (ou pregou) a máxima de ser rebelde, de ser uma pessoa acima de regras e tudo mais. Convivo com músicos e artistas. Mas  descobri que na verdade isso é uma grande mentira. Com o passar dos anos as pessoas vão desenvolvendo um certo medo e arrependimento natural em relação a vida. Na medida em que envelhecem, vão se questionando e pensando no que poderiam ter sido, no que desperdiçaram, no que deixaram passar.  Toda a rebeldia de juventude, toda aquela vontade de ser diferente se esvai. Mas Isso é um processo natural e comum na maioria das pessoas. Não sustentam a ideologia plantada na juventude.  Nada contra. Normal.  Observando algumas pessoas próximas, que conviveram comigo durante algum período da minha vida. E que, principalmente, compartilharam comigo, fases de ideologias rebeldes e de inteira vontade de mudança. Hoje, são velhos entregues. Velhas vencidas.  Pilhas na máquina social. Aqueles que geram energia para a máquina do sistema.  Lendo assim, até parece que sou um velho "punk". Mas não é isso. Simplesmente cresci em grupos que pregavam mudanças. Pessoas que queriam um mundo melhor. Se não melhor, pelo menos diferente. Mas que com o passar dos anos, tornaram-se exatamente tudo aquilo que odiavam. Optaram pelo cômodo. Pelo, assim é menos trabalhoso, assim é o normal.
Perdi a conta de quantas vezes encontrei amigos de muitos anos que ao me encontrarem me perguntaram; "e aí, não vai fazer nenhum concurso?" " Quando você vai casar?". Ou: " E aí cara, ainda está na mesma?". Isso quando perguntaram. Porque na maioria das vezes, vão logo expondo seus feitos do tipo "passei nisso", Assumi aquilo" etc. Brasília e sua cultura do:" Não tenho vocação para isso, mas precisava de estabilidade". Sinceramente, quando vejo meus antigos amigos em situações assim, não sei o que pensar. Mas de forma alguma gostaria de estar no lugar deles. Já trabalhei em inúmeros trabalhos que eu odiava. E garanto, não tem nada mais terrível do que você ser obrigado a fazer o que não quer.  Conviver com pessoas que você não gosta. E nos órgãos públicos é exatamente o que acontece. Um monte de pessoas que estão lá porque passaram no concurso. Que não gostariam de estar lá. E muito menos, conviverem com as pessoas que também estão lá. È tudo um grande câncer. Que vai corroer a todos. Que vai matar lentamente a todos. E o pior, todos sabem  disso, mas estão tão envolvidos e orgulhosos, que não sentirão. Quando os sintomas aparecerem, já será tarde. Estarão inválidos. Quando, daqui a alguns anos, todos estiverem sentados em suas cadeiras, nas suas casas próprias, compradas com anos de energia gasta para o governo, olharão para os lados e verão suas esposas (ou maridos) envelhecidos, seus filhos crescidos, suas coisas guardadas e datadas de épocas distantes. Verão suas fotos e vídeos de épocas passadas e então  perceberão que o tempo passa e não volta mais. E que o que plantaram durante anos e anos, lhes renderam frutos, mas que os frutos não são tão suculentos assim ( como lhes prometerem na juventude). Começara então o período da depressão, da solidão, das doenças geradas pelo psico somatismo de anos e anos de privações.  O mundo estará mudado. A época deles terá passado e tudo mais já terá ido com os anos.

Segunda-Feira

Vamos lá. Mais uma semana que se inicia. Eu e meu relacionamento conturbado com a Segunda-feira.  Não sei o que é, mas desde que me entendo como gente, não me dou nenhum pouco bem com a segunda. Minha deprê na começa no domingo a noite. Me dá vontade de deitar e só acordar na terça. E esta é uma daquelas segundas de início de mês. Quando as contas estão na caixa do correio, por baixo da porta, nos e-mails. O velho ciclo.

O sol está queimando lá fora, mas um vento muito forte me obrigou a fechar as janelas. E é um vendo frio e constante. O que de certa forma deixa a segunda mais deprê ainda.

Mas, que tudo ocorra bem. Que seja uma daquelas segundas que se iniciam com todo o peso característico, mas que logo se mostre diferente, para melhor, em todos os sentidos.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Rápido

Já estamos quase no meio do ano. E tudo corre aceleradamente. Aliás, não sei se é a idade que me faz sentir isso, mas o tempo parece apressado. Como se tivesse que chegar logo a algum ponto.  Todas às vezes em que eu preciso saber em que data estamos, eu me assusto (nunca fui bom de datas). Tudo anda passando muito rápido.
As relações estão descartáveis, os relacionamentos estão fúteis... é quase que – Goze logo e se vá ! (e não me procure mais).
Como se todos estivessem, no seu íntimo, sabendo de que não se pode parar. Algo está para acontecer.
Será que só eu sinto isso?

Parado

Estou numa situação assim: Inúmeras coisas para serem feitas. Todas com seus valores e urgências bem definidas. Eu sei que todas precisam de mim. Só que eu ando em um momento de "parada" inexplicável.  "Parada" mental, intelectual, ativa, decisiva... É como se me faltasse energia. Como se minhas vontades não batessem com minhas necessidades. Preciso FAZER alguma coisa. E tenho diversas delas para serem feitas. Estou repleto de ideias em todos os campos da minha vida. Inúmeras imagens para passar para o papel (e telas), diversos arranjos querendo virar algum sonzinho no violão, projetos de publicações,  vários textos fervilhando na minha mente  querendo alguns minutinhos de digitação (ou canetão no papel mesmo). Mas nada acontece. E não é preguiça. Não sei o que é. Talvez um bloqueio. Ou uma pausa espiritual. Passo os minutos, as horas, os dias só observando, pensando, criando mentalmente um monte de coisas. Mas me falta ação. Fico olhando o povo, ouvindo conversas... Sinceramente, preciso que algo aconteça comigo. Preciso tornar real um monte de idéias.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Pilhas Humanas

Fim de dia. Fim de mais uma jornada. Ônibus lotado. Eu junto de outros acabados. Jogados pra lá e pra cá. De acordo com o rítmo dado pelo motorista. Em cada face a estampa do cansaço. Somos as pilhas gastas do sistema defeituoso. Mas amanhã poderá ser diferente. Sim, pensei isso ontem. E antes de ontem.