quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Good Times





Dia nublado, deitado, desenhando e curtindo as eternas músicas denominadas "Good Times".

Na verdade, a vida é feita e embasada de momentos. E sinceramente, felicidade (a palavra tão desejada e procurada por multidões) para mim, é este tipo de simplicidade palpável e de fácil execução.

Ando bastante preocupado comigo mesmo. Tenho sonhado com minha mãe constantemente e com meu pai de vez em quando. E isto me deixa numa saudade de doer. Minha mãe foi a maior guerreira que já conheci e a pessoa que mais acreditou em mim. E nestes sonhos ela me aparece mais nova, numa época em que eu era pequeno e ela era o meu mundo. Meu pilar, meu exemplo. Ela fala, me toca, me abraça e eu sinto isso com muita realidade. E me dá vontade de ficar por lá. Pelo sonho mesmo, naquele mundo onde ela está bem viva. Acordo ouvindo a sua voz. E fico num estado de nirvana. É complicado explicar.
Meu pai já aparece mais velho. E conversa comigo, coisa que nem era normal quando ele estava por aqui. Tivemos uma relação complicada. Coisa de dois machos fortes disputando seu território. Os estudos sobre o espiritismo me deu uma noção de  perdão pessoal (eu comigo mesmo) e uma visão mais ampla do que realmente acontece entre o pai e o filho mais velho. Primeiro que escolhemos de quem queremos ser filhos. E segundo, que geralmente somos opositores. Mas que precisaríamos deste contato de pai e filho, para resolvermos nossas pendências. Minha vida inteira foi exatamente isso. Nos amamos muito durante toda a vida, mas um não queria baixar a cabeça para o outro. E eu o tinha como meu grande herói na minha infância. E este ciclo de admiração se fechou quando passei três noites com ele, só nós dois, no Hospital de Base. Quando ele estava internado devido uma queda que levou por "Delíriun Tremens" causado pelo álcool. Ali estava um cara que me deu muitas lições do certo e errado (na prática). E eu fui a única pessoa que ele não confundiu durante toda a crise. Ele não reconhecia ninguém, nem meus irmãos. Mas quando me via, gritava "Meu Filho, estes caras estão querendo tirar minha roupa", ou " Ô meu filho...". Tivemos uma relação muito forte. E Deus me deu a oportunidade deste contato final, de homem para homem, e de filho para pai, que me rendeu um perdão pessoal. Pois não sei o que seria de mim hoje, se não perdoasse meu pai ainda em vida. Ainda lembro claramente dos abraços que dei em minha mãe e em meu pai. Os últimos.

Nossa, o assunto deste post correu para outro campo. Mas é assim mesmo. O Blog é para mim mesmo. Ou seja, aqui eu mando (risos).

Mas isso é o efeito nostálgico e envolvente do "Good Times" que ouço agora.
E é sempre bom sonhar com estes dois. Me preocupo só pela constância e a dúvida que aparece por não conseguir chegar a um significado. Mas me ajuda a matar um pouco da saudade. E me dá a certeza que eles estão por perto. E que nos veremos de novo. E eu só tenho a agradecer.

Chega. Fui !!!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

BBB

BBB1


Em uma noite destas saímos, eu, minha namorada e duas sobrinhas dela. Fomos a um boteco aqui por perto. Lá , além de ter um ótimo cardápio (já tomei todos os drinks feitos lá), tem TVs espalhadas por todas as paredes (lá é bem grande). Em algum momento começou a passar algo referente ao BBB. Eu me virei e disse:

  • Se eu entrasse num BBB eu iria sacanear todo mundo, colocar apelidos, beber pra caralho, dançar... e principalmente, irritar todo mundo.

    Uma das sobrinhas mandou:

  • Ou seja, iria ser exatamente você, né?


Me virei e continuei na minha busca por um drink no longo cardápio.



BBB2


Me impressiono com o ciclo que se repete sempre ao começar um BBB. O Brasil se divide em quem odeia e quem gosta do programa. E eu fico observando toda esta gerra e me perguntando: "Será que este povo não percebe que é isso o que a Rede Globo quer?". Explico: A TV aberta vive de publicidade. Um dos veículos mais eficazes da publicidade chama-se POLÊMICA. Quando, qualquer produto, gera bate-boca, significa sucesso para o anunciante, vendedor e dono do produto. O que quero dizer é que as pessoas que estão neste ódio todo divulgando que não gostam do programa, estão dentro do que eles querem. Estão incluídos no grupo dos divulgadores da marca. A marca já é forte, já é aceita e já vende produtos. E os "odiadores" apenas divulgam a mesma nos seus posts, nos bate-papos, no boca-a-boca. E o pior, de graça, sem ganhar absolutamente nada por isso. A polêmica já é usada a séculos para vender e divulgar. Um bom exemplo é o grupo Rollings Stones. Os caras aparecerem em Liverpoool, mas os Beatles já eram a maior banda do momento. Ser mais um Beatles não daria em nada. Seria fracasso certo. Os caras eram do mesmo lugar, faziam rock e usavam terninhos (marca dos Beatles). O que fazer? Ora, vamos criar polêmica. O primeiro slogan da banda foi: "Você deixaria sua filha casar com um Rolling Stone ?". O texto vinha logo em cima de uma foto da banda com caras de malvados e debochados (feios mesmo). E foram lançados como um grupo opositor aos Beatles (e na verdade, todos eles eram superamigos). Sucesso certo. As pessoas que amavam os Beatles falaram mal, os que não gostavam dos Beatles compraram seus discos. E o resto é história. Quem nunca ouviu a frase: "Falem mal ou bem, mas falem de mim". É isso.

Então, quem realmente odeia o BBB, deveria não mencioná-lo. Não postá-lo, não … divulgá-lo. Simplesmente, faça de conta que ele não existe.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Tentado.

Quero viver uma vida saudável. Mas o mundo já a prejudica, a contamina, tenta e chama para a perdição. O ser humano é prejudicial a si mesmo.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

"Muito Estranho"

 Email para a maluca que cuida de mim, me atura, me suporta, me ouve, me dá bronca, me embebeda, me maltrata, me alegra, me ...


"Ficar só aqui na sua casa, no seu quarto, bebendo "Vale Verde" nos últimos dias de férias... dá nisso.

http://www.youtube.com/watch?v=FwfC6GqH6cQ&list=AL94UKMTqg-9CG6DOZhXKb4N2BiWacd9sB

Tô te esperando. "

Curta Adoidado!



segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Quebrado

Maldita segunda-feira.
Estou aqui todo quebrado, dolorido, parecendo o Robocop. Bater uma bolinha no fim de semana é esporte radical para certas idades.
Ok, aprendi minha lição.

Mas, continuo odiando a segunda-feira!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A Arte de Cuspir




Nessa de reler meus livros, acabei achando um muito especial. Não só pelo conteúdo, mas pela história. Quando trabalhava no SIG-DF (Setor de Indústrias Gráficas), a muito tempo. Um amigo ganhou o livro: A Arte de Cuspir, do próprio autor (Ezio Flávio Bazzo). Eu estava na gráfica, embaixo da editora e este amigo passou com o livro na mão. Estava novinho, cheirando a tinta e cola (adoro sentir este cheiro de livro que acabou de nascer). Pedi para dar uma olhada e vi que tinha até dedicatória. Adorei o título e a capa (uma reprodução do artista W.Blake. Que sou muito fã). Na página de rosto tinha: “ A paciência é um atributo dos alienados. Quem “sabe”, começa a correr contra o tempo e só para quando entra em coma...”. Me identifiquei de imediato. Meu amigo disse para eu não ler – Este cara é meio louco – disse ele referindo-se ao autor. Gostei mais ainda. O livro ficou jogado por lá. E de vez em quando eu dava de cara com ele. Até que um dia o peguei e resolvi ler. Eu fazia muito isso na editora. Nem sempre tinha o que fazer. Não existia computador, e muito menos internet. Então, eu lia muito. Os livros ficavam de bobeira por lá. Eu li muita poesia, muitos contos e pequenos romances de autores desconhecidos.  Ilustrei e finalizei muitos deles também. Mas, decidi ler o livro e quando comecei , não parei mais. Fiquei tocado pelo niilismo, pela revolta e pela crueza do texto. Era muita rebeldia para um pós adolescente.  Mas me serviu como provocação e influência. 


O tempo passou e de vez em quando eu lembrava deste livro.  Nas navegadas pela internet encontrei o autor numa rede social. Adicionei e ele aceitou. Vi que ele continuava a publicar seus livros e sempre da mesma forma, totalmente independente. Vi em um dos seus álbuns a capa do Arte... e fiquei louco para adquirir um exemplar.
Aconteceu que no parque da cidade estava no segundo dia da Feira do Livro. Todos os anos eu dou uma volta por lá. Quando passei pelo portão de entrada, eu virei a esquerda e dei de cara com um stand que estava vendendo livros usados. E, para minha sorte, um deles era justamente “A Arte de Cuspir”. Nada acontece por acaso. Nosso pensar atrai o que queremos (ou o que não queremos, mas nos conectamos). Agarrei-o e trouxe comigo.  Reli com muito prazer. E claro, o efeito do texto na minha cabeça não foi a mesma coisa. Mas, mesmo assim, ainda se colhe muita coisa boa deste maldito livro.
Quem gosta de leituras malditas, rebeldes e revoltadas, esta é a melhor dica que tenho. Puro niilismo (bomba atômica na cabeça).

Revolta

Me questionam constantemente por quê não possuo partido político, político preferido e nunca voto em ninguém. Já nem perco meu tempo tentando me justificar. Mas quando vejo, ao acordar, a notícia de que Genuíno (condenado) assume hoje um cargo de deputado na câmara. Me sinto na confortável segurança das minhas convicções. E me dá vontade de dizer algumas coisas:

1- não concordo com obrigatoriedades (votar, serviço militar, horário de verão, impostos, várias leis etc),
2-vivemos uma falsa democracia,
3- tratam partidos como religião e seus líderes como santos,
4-o povo não vota, é induzido a votar (e controlado pela mídia dominadora.Como gado ruminante),
5- re-eleição é atestado de burrice popular. O mesmo que clama por mudanças, re-elege ... e muito mais.

Acho que já deu para desabafar um pouco a revolta que sinto neste momento.
Chega. Fui !!!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Relendo

Decidi reler meus preferidos. Vou começar com Buk, depois parto para Kerouac. Depois... sei lá.
Meus livros são riscados, marcados, cheios de observações. Tenho esta mania desde criança. Poucos sabem, mas comecei a desenhar nos livros do meu pai. Eu desenhava todos os espaços em branco que encontrava. Ele era professor. Quando pegava os livros, via minhas obras. Ele nunca brigou. Pelo contrário, me deu mais materiais. Meu velho me entendia (no início).
Então. Lá vou eu na minha releitura.