quarta-feira, 12 de junho de 2013

Namorada

Eu encho o saco dela, ela me apelida de Chatinho.
Eu fico bêbado e apago na casa dela, ela me chama de Belo Adormecido.
Decido pintar no quarto dela, sujo tudo, bagunço geral. Ela diz que se excita em me ver sujo de tinta.
Em Caldas Novas, eu decido mergulhar e beliscar bundas de velhas. Ela me puxa e diz que eu estou exagerando.
Eu fico chapado e vomito o banheiro dela, ela me dá Eparema e Dorflex.
Eu falo horas e horas sobre o Nietzsche, ela diz que minha voz é linda.
Eu encho o saco dela com Beatles, ela diz que George Harrison é legal.
Eu digo que só gosto de cerva, ela me ensina a beber cachaça.
Eu digo que sou fã de Kerouac, ela diz que ele era um viado legal.
Eu digo que Sabbath é com o Ozzy, ela diz que não curte Dio.
Quando digo que estou pregado, ele deita e me obriga a massageá-la.
Quando eu decido largar a publicidade e me dedicar a uma vida louca e instável, ela me diz que eu posso tudo.
Quando eu decido tocar numa banda e passar 2 meses tocando em outros estados, ele diz para não me preocupar com nada.
Quando eu estou deprê, sem ânimo pra nada, ele me leva para butecar.
Ela tem medo que eu vá para São Paulo e não volte.
Ela tenta me convencer que o Rio de Janeiro é legal.
Ela toma pinga comigo na feira dos goianos (gama), no Sábado.
Ela come mocotó e toma cerva comigo na feira aos domingos.
Ela topa ver futebol comigo no Pacaembu (SP) e nem reclama.
Ela vê UFC .
Entre outras loucuras. Entre altos e baixos, vascilos e acertos. Esta louca ainda me atura.
Então, só agradeço.